#033

Não queria ir para o céu. Precisava saber que gosto tinha o pão que o diabo amassou.

#032

Não conteve a ejaculação precoce ao tuitar um microconto erótico.

#031

Cedeu ao ataque para comprovar se era mesmo peçonhenta aquela serpente.

#030

O deleite era maior quando estava debaixo da cama.

#029

Apareceu a vizinha: vestida com o computador de mão para o censo. Coincidência ou bisbilhotagem? - pensou.

#028

Estava surpreso. Não esperava encontrar o amor de sua vida exposto em uma vitrine da Erotika Fair.

#027

Após chamá-la de vadia desferiu-lhe o último tapa na cara. Ela reagiu pela primeira vez: -Eu não sou vadia. - e perguntou: -Onde foi parar a minha calcinha?

#026

Completava naquele dia vinte anos que era feliz com a esposa. Coincidia com o tempo que ela estava em coma.

#025

Quando conseguiu colocar a linha na agulha, ela caiu no palheiro.

#024

Foi infeliz inclusive no momento do suicídio, vitimado pelo golpe do placebo.

#023

A bala era de festim como o amor daqueles dois.

#022

Estava crítico o estado clínico do crítico.

#021

Para mostrar ao filho de onde vinha o leite, foi até a cozinha, pegou a tesoura e cortou na linha pontilhada indicada na caixinha Tetra Pak.

#020

Como a fome era maior que a desilusão, fatiou o pão com a faca que encravaria no peito.

#019

Como não havia ninguém online, contentava-se com o olhar simpático da webcam.

#018

Estava triste o português com a Reforma Ortográfica nas mãos - Não teria mais o mesmo sabor a linguiça sem trema...

#017

Botou o dedo no interruptor e acendeu a luz. Não conseguiu ver as borboletas que o namorado havia prometido.

#016

Foi o antidepressivo receitado pelo doutor o melhor presente no dia de seu aniversário.

#015

Roubou a cena e foi preso na saída do teatro.